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Muse fecha Rock in Rio com rock apoteótico eficiente e alien gigante no palco

Por: FolhaPress

Publicado em: 07/10/2019 09:24

Foto: Multishow/Reprodução

Rio de Janeiro, RJ - Depois da maratona de sete dias dias de Rock in Rio, que ocupou a Cidade do Rock carioca entre sexta (27) e este domingo (6), o Muse subiu ao palco Mundo com duas difíceis missões: ser a última das mais de 250 atrações musicais desta edição do festival e, por que não, provar que o rock contemporâneo passa muito bem, ao contrário do que dizem por aí.

Como de praxe, o festival prezou pela linha de frente composta por bandas de rock que viram seu auge há várias décadas, como Bon Jovi e Scorpions, mas também incluiu gratas novidades, como o rapper Drake, e belas estreias, como a de P!nk. Os britânicos foram escalados para o dia com pegada mais alternativa do evento, ao lado de atrações como Imagine Dragons, King Crimson, Nickelback e Os Paralamas do Sucesso.

Ainda que o som da banda não seja exatamente fresco -o setlist incluiu algumas músicas que já atingiram a maioridade– a performance foi permeada por uma energia futurista que deu aura de novidade retrô ao que acontecia no palco. Aversão de Algorithm, que abriu o show com sintetizadores, batidas eletrônicas e músicos com roupas de LED, já anunciou a atmosfera de ficção científica apocalíptica que guiou as quase duas horas seguintes, que ainda tiveram atiradoras de fumaça, um coro gospel vindo do futuro, robôs gigantes e um alien que ocupou praticamente o palco inteiro. Somaram-se a tudo isso a estética visual oitentista, o tom épico das músicas e os vocais e riffs marcantes de Matt Bellamy, bem apropriados para a busca do festival por atrações grandiosas.

As composições sobre distopias, política, resistência e opressão completam um combo que resume bem por que o Muse ainda enche arenas ao redor do mundo. A do Rock in Rio, no entanto, ficou bem mais vazia para a banda do que para as atrações que tocaram mais cedo.
Mas o Muse tem uma extensa lista de hits como Starlight, Uprising, Plug in Baby, Supermassive Black Hole e Time is Running Out, que, explosivos por si só, ganharam força extra ao vivo com a ajuda do público fiel, que cantou todas as letras. O resultado foi uma apresentação com ares de ópera e uma orquestra de coros e palmas regida por Bellamy.

O grupo ainda deu suas amostras de canções menos monumentais, como as celebradas Dig Down e Madness, e tocou novidades do último trabalho, Simulation Theory (2018), como Propaganda, The Dark Side e Thought Contagion. É difícil fechar um festival para um público reduzido, com um show que começa mais tarde que o normal e vem depois de performances como a de P!nk, que voou sobre a plateia neste sábado (5). O Muse, no entanto, repetiu a dose do Rock in Rio de 2013 e entregou, mais uma vez, bem mais do que só a lição de casa.
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