O palco We Groove foi um dos destaques do Wehoo Festival, realizado neste sábado (12), na Região Metropolitana do Recife. O espaço é configurado como uma plataforma musical chamada de Tropical Trransforma, que tem como objetivo dar voz e visibilidade para uma “nova música tropical brasileira”, composta por artistas que estão despontando na cena musical local. Atrás do palco, um estúdio itinerante foi montado para gravar entrevistas com os artistas. O conteúdo é disponibilizado no podcast Tropical Transforma, disponível no Spotify.
Os artistas do palco foram: Bule (explora a sonoridade dos anos 1980, com uma estética atualizada e tropical), o cantor Barro (indie pop), Nimbo (indie rock com batidas eletrônicas, baião e bossa nova), Sage ACT (eletrônico), a dupla Biarritz (influenciada pelo indie e folk), os DJs Buguinha Dub (utiliza técnica jamaicana de mixagem) e Pita Uchoa (uma das residentes da festa Calefação Tropicaos, que toca clássicos da música brasileira).
“Desde o ano passado nós estamos trabalhando em um posicionamento sobre o tropical”, diz Gabriel D’Angelo Braz, gerente de marketing da Devassa, que patrocina o festival. “Fizemos uma pesquisa com sociólogos e antropólogos sobre o que significa ser tropical. Nós queríamos entender o que era ‘tropicalizar’. Começamos desde a semana de arte moderna e seguimos em frente para entender isso na sociedade. Percebemos algo uníssono: a criatividade, que interligada todas classes sociais. O tropical está muito ligado a isso, um espírito transformador quando olhamos para a música”.
A rádio recebeu bandas como Bule, cantores com Barro, Fred Zero Quatro (da Mundo Livre S/A) e os DJs Buguinha Dub e Maga BO para conversas que vão resultar em novos episódios do podcast. O programa também já recebeu Otto, Josyara, Ekena, Duda Beat, Tulipa Ruiz, Romero Ferro, entre outros.
Essa plataforma visa amplificar as conversas da cena musical, além de possibilitar o acesso ao que a marca entende como um momento único da música brasileira, com influência de diferentes estilos musicais. “É uma experiência de conteúdo para a cena musical, que se aproveita de um estado super criativo dentro da cultura nacional. Nossa campanha de TV, por exemplo, traz uma trilha em parceria com Otto. Um dos shows da Rádio Tropical teve Duda Beat”l, continua Gabriel.
Coy Freitas, o curador da plataforma, explica que vivemos um momento em que tudo é tropical. “Mas se pararmos para pensar, tudo também é rock. Estamos interesados nessa música de baile tropical. É algo que vem no Recife, de Belém, em que o Nordeste inteiro está dialogando com uma cena global. Temos uma plataforma de patrocínios que está adentrando a cena nordestina power como Recife e Salvador, onde existe uma cena autorial, alternativa e que nos interessa”.
32° | 26° C
