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Literatura

Cinco pernambucanos concorrem ao Prêmio Jabuti. Conheça as obras

Publicado em: 03/10/2019 18:32 | Atualizado em: 03/10/2019 20:30

Luna Vitrolina, Marcelino Freire e Marileide Alves. Foto: Rennan Peixe/Divulgação, Mário Miranda Filho/Divulgação e Facebook/Reprodução

O Prêmio Jabuti, o mais tradicional prêmio literário do Brasil, divulgou nesta quinta-feira (3) os indicados de sua 61ª edição. Os representantes de Pernambuco na lista são: a jornalista Marileide Alves, o teatrólogo Luís Reis, a poeta Luna Vitrolira, o contista Marcelino Freire e o ilustrador André Neves. Desde citados, dois foram publicados pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe). No total, a editora mantida com verda do Governo de Pernambuco concorre com quatro livros.

Foram selecionados os finalistas das 19 categorias, divididas entre Literatura, Ensaios, Livro e Inovação. Neste ano, o prêmio recebeu 2,1 mil inscrições. Formado por especialistas de cada categoria, o júri foi indicado pelo Conselho Curador do Prêmio, composto por Pedro Almeida, Mariana Mendes, Camile Mendrot, Cassius Medauar e Marcos Marcionilo

A cerimônia de entrega do Jabuti acontecerá em 28 de novembro, no Auditório Ibirapuera. Os primeiros colocados receberão o troféu Jabuti e R$ 5 mil. Neste dia também será revelado o vencedor do Livro do Ano, que ganha R$ 100 mil.

Conheça os pernambucanos
Na categoria Biografia, Documentário e Reportagem, uma das mais concorridas, está Povo xambá resiste: 80 anos da repressão aos terreiros em Pernambuco (Cepe), de Marileide Alves. É um livro de 178 páginas, ilustrado com fotos de personagens que construíram a história da Nação Xambá. O livro aborda a criminalização e a repressão policial às religiões de matriz africana, sobretudo durante o Estado Novo (1937 - 1945), um dos períodos mais autoritários do Brasil. 

O teatrólogo Luís Reis aparece na categoria Artes, com o livro TPN - teatro popular do Nordeste: o palco e o mundo de Hermilo Borba Filho (Cepe). A obra aborda a história do Teatro Popular do Nordeste (TPN) e do próprio Hermilo, um de seus fundadores e líderes. O livro traz, a cada início de capítulo, cartas dirigidas a atores. No final, fotografias das peças encenadas no palco, além de croquis de figurinos, distribuídos em 232 páginas.

O escritor Marcelino Freire concorre em Conto com o título Bagageiro (Editora José Olympio), que reúne textos (entre o contos e ensaios) nos quais o autor revisita não a sua bagagem literária, mas o seu "bagageiro" literário. Ao usar esse termo, ele faz referência a diversas influências que marcam sua atuação como produtor e escritor.

A poeta Luna Vitrolira concorre em Poesia, com o livro Aquenda - O amor às vezes é isso (Editora Livre, 2018), que tem como missão ressignificar o amor como ele é na prática. Natural de São José do Egito, ela tornou-se poetisa declamadora há quase 10 anos. A palavra aquenda é de origem africana e significa "preste atenção". No entanto, ela ganhou novo significado ao ser incorporada pelo Pajubá (dialeto falado pela comunidade gay), tornando-se popular com a expressão "aquendar a neca" (que é o mesmo que esconder o pênis).

O ilustrador André Neves concorre com dois livros em Ilustração. Donana e Titonho (Editora Paulinas), escrito por Ninfa de Freitas Parreiras, aposta em poesia filosófica e aborda a história de brasileiros de forma realista. Manu e Mila (Brinke Books), por sua vez, é infantil. A história acompanha dois amigos quem "tem uma busca muito em comum: viver na delicadeza do que o outro nos apresenta", diz a sinopse.

Mais títulos da Cepe
Na categoria Impressão está Clementina Duarte: 50 anos de arte e design (Cepe), que em 344 páginas traz 200 fotografias de jóias da designer, algumas usadas por princesas e rainhas. Traz ainda bibliografia, cronologia e textos escritos por especialistas e intelectuais como Gilberto Freyre, a jornalista americana Cynthia Unninayar, editora-chefe da publicação americana International Jeweler Magazine, e do arquiteto Oscar Niemeyer.

O juvenil A coisa brutamontes, da paulista de Renata Penzani, concorre na categoria Juvenil. O livro foi lançado pela Cepe em 2018, após vencer o III Prêmio Cepe Nacional de Literatura 2017. A narrativa acompanha o menino Cícero, um rinoceronte e a idosa Maria para falar de um sentimento difícil: a morte.
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