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Novela Jezabel termina nesta segunda com audiência menor do que a de Jesus

Publicado em: 11/08/2019 14:49

Foto: Reprodução TV.
"Jezabel", da TV Record, termina nesta segunda-feira (12) depois de mais de três meses no ar com audiência menor do que a de "Jesus", sua antecessora na emissora. Os atores e a autora Cristianne Fridman, contudo, exaltam resultados positivos da produção.

"Desde o começo sabíamos que seria uma superprodução. Então, acho que cumprimos com nosso papel. Dinâmica boa, nuances incríveis e visual espetacular, fora as paisagens que vimos no Marrocos. O saldo é bem positivo", diz Fridman.

A novela retrata a história da princesa fenícia Jezabel, que se casa com o rei Acabe e se torna a mais perigosa rainha de Israel. Ela usa sua beleza e sua maldade para tentar impor ao povo israelita a adoração aos seus deuses pagãos.

Dando vida ao famoso rei de Israel, o ator André Bankoff, 41 anos, diz que o personagem foi um presente para sua carreira. "Valeu a pena dormir apenas quatro horas por noite para construir o personagem. O público gosta do Acabe, mesmo ele sendo injusto algumas vezes. Digamos que foi um 'semi-vilão' carismático, as pessoas choraram quando a morte o encontrou", afirma.

Já Adriana Birolli, 32, que viveu Aisha, uma das esposas do rei, diz que tira de sua personagem o poder de vigilância, uma vez que a israelita era o alicerce racional de um superior que se casou com uma inimiga do povo que ele representava.

"A paz e a vigilância de Aisha eu vou levar comigo. Todo o altruísmo de pensar no povo me encantou nela. Ela precisou unir forças e sensibilidade para ser a base do rei, seu apoio, sua integridade e sua compreensão", disse a atriz. "Recebi muito carinho do público. 'Jezabel' terminou com gostinho de quero mais. Fiquei feliz com o final."

A audiência de "Jezabel", contudo, não foi das melhores –a média na Grande São Paulo foi de 7 pontos, contra 9,9 de "Jesus".

POR QUE NÃO PEGOU?
De acordo com o especialista em teledramaturgia brasileira Claudino Mayer, a queda na audiência se deve a três fatores. Para ele, o elenco era formado por pessoas pouco conhecidas do público geral, fazendo com que não houvesse identificação imediata com eles.

"Como era uma obra rápida, talvez um elenco de pessoas mais conhecidas fizesse com que o público se identificasse mais e quisesse assistir", avalia. Ele afirma, ainda, que a escolha de Lidi Lisboa para viver Jezabel não foi das melhores. "Lidi não se saiu muito bem. Ela não encontrou o tom adequado para interpretar a vilania da princesa fenícia."

Mayer também destaca que as interpretações lhe soavam como linguagem de teatro, com pouca naturalidade e muitas falas decoradas. "As pessoas ligam a TV para se ver, mesmo que seja você de outra época. Não rolou isso."

O especialista aponta, ainda, a inconsistência da trama, com cenas de batalhas que chegaram durar três capítulos –para ele, isso demonstra amadorismo. "Por vezes, parecia uma novela experimental, diferente de 'Rei Davi' e 'Os Dez Mandamentos', por exemplo, que a Record já fez", finalizou.
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